quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Blue Book: Os Arquivos Secretos


O projeto Blue Book da Força Aérea dos EUA analisou 12.618 casos de avistamentos de objetos voadores não-identificados (OVNIS) entre 1947 e 1969. Agora, o trabalho foi totalmente digitalizado e organizado pelo entusiasta John Greenewald e está disponível para curiosos e pesquisadores na internet.


— Eu sou um caçador de histórias. Eu acredito que esse material deveria ser acessível. Segredos não são coisas ruins. Eu acho que nós deveríamos conhecer essa história e ela deveria estar nos livros. — disse Greenewald, em entrevista à CNN.


O caso Exeter, um dos 701 sem explicação
O trabalho de Greenewald começou há 15 anos, quando ele solicitou legalmente as informações catalogadas pelo projeto ao governo dos Estados Unidos, com base na lei de Liberdade de Informação. Antes da publicação dos dados, o Blue Book estava disponível para consulta pública, em microfilme, no Arquivo Nacional, em Washington.

O objetivo, diz Greenewald, é atiçar a curiosidade pública sobre o assunto, para que o governo seja pressionado a liberar mais informações.


— É apenas a ponta do iceberg — disse Greenewald.


As informações publicadas no site são vastas e é possível buscá-las por palavras chave. São mais de 12 mil PDFs, um para cada caso, entre os quais estão alguns casos clássicos da ufologia, como o avistamento de Exeter que ocorreu em 1965 e assim como outros 701, continua sem explicação.

Cada caso catalogado reúne documentos, fotos, recortes de jornal e relatos das testemunhas, além da análise da Força Aérea americana.

Os arquivos podem ser acessados aqui.


para saber mais - The Black Vault



via - O Globo e Catraca Livre

sábado, 24 de janeiro de 2015

Cristais do Aquaman

Pesquisadores dinamarqueses criaram um material que pode ajudar mergulhadores a respirar embaixo d´água, sem a necessidade de tanques pesados de oxigênio.
O "[{(bpbp)Co2II(NO3)}2(NH2bdc)](NO3)2 * 2H2O", que ficou conhecido como "Cristal do Aquaman" entre os cientistas da universidade de Syddansk, é capaz de armazenar oxigênio em concentrações muito maiores do que tanques.


Não, o Aquaman não usa drogas eu acho!
A substância é capaz de absorver e armazenar oxigênio a uma concentração quase 160 vezes maior do que a atmosfera, que tem 21% de O2 em sua composição. Dessa forma, ele é menor e mais leve e pode soltar oxigênio de forma mais lenta quando colocado sob uma pequena quantidade de calor.

A professora Christine McKenzie, que participou do estudo, afirma que o cristal também poderá ser importante para pacientes com câncer de pulmão, que precisam estar sempre ligados a pesados tanques de oxigênio.



"Poucos grãos são suficientes para respirar. E como o material pode absorver oxigênio da água, o mergulhador não precisa levar mais do que esses poucos grãos", afirma Christine.


O "cristal do Aquaman" possui consistência semelhante a uma esponja e usa cobalto em sua estrutura molecular. O cobalto dá ao material a estrutura molecular e eletrônica necessárias para absorver oxigênio do ambiente ao redor.



"Pequenas quantidades de metal são essenciais para a absorção do oxigênio, então não é surpreendente perceber esse efeito em nosso novo material", afirma Christine McKenzie.


Os cientistas dinamarqueses agora tentem descobrir se o lançamento do oxigênio pode ser feito com a luz. Mas o principal desafio, por enquanto, é sintetizar grandes quantidades do cristal, que possui uma fórmula química complexa e de difícil reprodução.


O artigo - Pubs


Site da Universidade - Syddansk




via - Info

As três peneiras de Sócrates



Um homem, procurou um sábio e disse-lhe: - Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...
Nem chegou a terminar a frase, quando o sábio ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: - Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?

- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Não! Absolutamente, não!
- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
- Não...


Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar. E o sábio sorrindo concluiu: - Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque:

Pessoas sábias falam sobre idéias;
Pessoas comuns falam sobre coisas;
Pessoas medíocres falam sobre pessoas.


Sócrates

Slab City, a Utopia no Deserto

Pessoas cansadas das tiranias da sociedade, ocuparam uma base militar abandonada na Califórnia e vivem uma comunidade livre, uma espécie de Utopia no Deserto. Através de quatro repórteres do site "Cracked", conheça a: Slab City!


"Era uma vez uma base militar chamada Camp Dunlap nas profundezas da Califórnia. Ela foi fechada em 1950, e com o tempo, várias pessoas começaram a se mudar pra lá. Começaram a chamar lá de "Slab City", e por 50 anos, ela existiu sem leis, água encanada, ou fontes de energia elétrica. Não existe polícia e nem coleta de lixo lá. Bom, é o mais perto de uma cidade pós-apocalíptica que você vai achar hoje em dia.

Em Outubro, o Cracked mandou 4 dos seus mais caros melhores repórteres pra passar um final de semana na Slab City. Nós fomos esperando encontrar um Mad Max misturado com A estrada. Acabamos nos deparando com um estilo de vida que é -- de muitas maneiras -- muito mais prazeroso do que deixamos pra trás em Los Angeles. Aqui estão os fatos surpreendentes que aprendemos nessa terra pós-apocalíptica:


- Não vá esperando encontrar bandidos



Quando estávamos chegando na Slab City, esperávamos encontrar um bando de canibais malucos adoradores de alienígenas e pessoas que estacionam em duas vagas no estacionamento do mercado: Ou seja, a escória da sociedade.

Mas infelizmente só encontramos pessoas normais e boas. O primeiro lugar que nos deparamos dentro da cidade é chamado de LOW (Loners on wheels). Sem querer, acabamos invadindo a biblioteca deles, pensando que era pra uso público, mesmo que as palavras "apenas para membros" estivesse escrita claramente na porta. Nós tentamos passar nosso analfabetismo como rebeldia, mas ninguém acreditou.



Mesmo assim, ao invés de nos receber com um tiro de escopeta, o emissário apontou educadamente o fato de que estávamos tecnicamente invadindo uma propriedade privada. Então nós tivemos uma longa conversa sobre a Slab City, e fomos informados de que seríamos muito bem-vindos no lugar se pagássemos a taxa de 55 dólares, tivéssemos um trailer e (essa dica nos foi dada de forma bem incisiva) não nos importássemos com os gemidos de gente velha transando à noite.

Dirigimos um pouco pela cidade e paramos pra pedir informações com um homem sem camiseta que estava dirigindo um carrinho de golfe. Ele falou pra nós irmos pra East Jesus. Isso pode ser uma maneira obscura de se localizar no meio do nada, ou então é uma montanha ao leste cheia de parafernálias sobre Jesus Cristo. Ela dá o nome a um bairro de lá.



Eles têm energia elétrica graças a painéis solares, cozinhas, ventiladores, dormitórios e construções permanentes, com um porém: Tudo é feito de lixo. A cidade é cercada por arte, também feita de lixo. Na frente da cidade, temos vários carros parados (cobertos de lixo) e lixo.




Mas tem uma razão pra isso além da "eu tinha que jogar o lixo fora e a lixeira estava muito longe". Acontece que a população da cidade percebeu que...


- Quando você está livre das normas do estado, coisas incríveis podem ser feitas


Pessoas com dreads, sandálias e moral constantemente nos avisam de que deveríamos reciclar mais, e nós ficamos tipo "bom, me ajuda a esconder esse monitor de computador embaixo do lixo - as pessoas vão ficar brabas se souberem que joguei isso aqui". É difícil tornar isso constrangedor, porque afinal, por que ligar pra reciclagem? Fazer garrafas novas de garrafas velhas? Isso não é sexy. 

East Jesus faz com que a reciclagem seja sensacional e útil de uma maneira espetacular. Quase tudo é construído a partir de algo que alguém descartou - incluindo eletrônicos. East Jesus tem uma mega-bateria feita só de baterias das companhias telecom, que jogaram elas fora quando começaram a operar em 80% da capacidade.



E então, a galeria de arte feita de lixo que mencionamos antes...




Podemos encontrar essa coisa estranha e punk por lá também. Como o filme Mad Max nos ensinou, a primeira coisa que as pessoas fazem quando uma sociedade entra em colapso é transformar os carros delas em máquinas assassinas:


Como Hollywood imaginou
Como foi por lá

Acabou que transformar os carros em máquinas de matar é menos comum por lá do que esperávamos, mas a falta de polícia e de regularizações do governo foi respondida com carros sensacionais. Nossos convidados conseguiram um barco-pirata motorizado. Não tinha airbags ou cintos de segurança, mas desafiamos você a encontrar uma maneira mais estilosa de navegar pelo deserto:




- Viver isolado do resto do país não significa viver sem civilização



Slab City - que tem mais ou menos 2.000 residentes - tem 3 bibliotecas (duas privadas e uma pública), uma pista de skate, alguns bares, um restaurante, duas igrejas (uma delas aparentemente vende metanfetamina), um palco aberto pra quem quiser tocar e um clube de tiro. Você pode ler até ficar entediado, ir na igreja da metanfetamina, pedir perdão a Deus por usar drogas, ir pra um show e terminar a noite esvaziando o pente de uma metralhadora em um alvo com uma foto do rosto do seu pai grudado nele. Vê? A Slab City pode ser pequena, mas tem tudo o que você precisa pra uma ótima sexta-feira.



Lá nós temos uma central de ar-condicionado, que pode ser uma espécie de hospital no verão, que chega a temperaturas altíssimas (é por isso que a população permanente de lá é de 200 pessoas que aparentemente são à prova de calor. 2.000 é a sua população no inverno. Mas eles têm acesso à internet, energia solar e todos os alvos com a cara do seu pai que você precisar.


Nós paramos na cidade de Niland, na Califórnia, pra procurar propano e papel higiênico antes da nossa visita final à cidade. Todo mundo precisa cagar, mas Evans (maluco com a sua pequena quantidade de poder) ordenou que não fizéssemos isso antes de encontrarmos o banheiro mais próximo, que fica em Bartertown. Esse era outro teste: Nós sabíamos que não tinha água encanada por lá, e isso significava a chance perfeita de saber como é cagar no mundo pós-apocalíptico. Nós não tínhamos grandes esperanças. Nossa pior hipótese era um monte de buracos no deserto cheios de cascavéis e fezes humanas. Nada disso:



Estávamos errados: Não só eles tinham chuveiros com água quente, como tinham dois banheiros com água. O banheiro dos homens tinha Playboys e testes de gravidez. O das mulheres tinha um "esqueleto em um armário que você pode escrever seus segredos mais profundos e sombrios e então ler o segredo de outra pessoa igualmente profundo e sombrio".





- Quando você remove as leis, as pessoas não se tornam imorais



Slab City está tecnicamente sob a jurisdição da polícia de Niland, mas eles nem patrulham lá. Então tivemos uma ideia brilhante pra testar essa utopia anarquista: Armamos nossas barracas e deixamos todas as nossas coisas lá. Quando voltássemos, a quantidade de coisas que ainda estivessem lá determinaria o quanto podemos confiar nela. Mas as coisas não foram como planejamos: Assim que chegamos, um grupo de pessoas nos convidou pra morar com eles no final de semana. Nós deixamos nossas coisas em um ônibus semi-enterrado onde dormiam, e elas ficaram lá sem ninguém mexer durante todo o final de semana.





O único aviso de um perigo real que nos foi dado dizia que não era pra ninguém dormir no sofá usando os sapatos. "Tem um gigante na cidade que acorda quando está amanhecendo e se você estiver dormindo de sapato no meu sofá ele desenha pintos em você". Nesse momento, notamos uma pichação no muro da casa de alguém que dizia: "[O NOME DA PESSOA] É UM LADRÃO"



Pedimos esclarecimentos sobre o que acontece com alguém que quebra uma lei que não foi escrita, e soubemos que as leis da cidade não passam de conversas jogadas fora por velhos no campo de tiro. Em raras ocasiões, eles expulsam a pessoa da cidade - "Convidando ela pra se retirar".


A ciência nos ajuda a entender: Quanto mais um governo desmorona, mais cresce a vontade de ajudar ao próximo. Uma versão realista de Fallout 3 teria pessoas correndo pra você e dizendo "Cara, você tá bem? Nós vimos você lutando com escorpiões gigantes e reclamando sobre mutantes. Nos preocupa que você tenha uma insolação. Venha pro nosso hotel que foi bombardeado e se recupere com uma deliciosa limonada".


- Até anarquistas precisam de regras




Cada comunidade (como a East Jesus) tem suas regras em Slab City. mas a maioria dos moradores opta por seguir as próprias regras ao invés de seguir conceitos fascistas como "bairros". As pessoas que tentam fazer esse estilo de vida funcionar no longo prazo balanceiam seu amor pela autonomia com o fato de que as coisas dão errado quando você fica apenas "tanto faz, vou fazer o que eu quiser".



Os "Loners on Wheels", uma das comunidades, elege uma espécie de presidente a cada ano, que coleta 55 dólares anuais de cada membro pra coisas como infraestrutura e atividades aleatórias. Já a East Jesus funciona com as pessoas fazendo o que elas acham que fazem melhor. Os membros combinaram que cada um tem que trabalhar pelo menos uma hora por dia pra tornar a comunidade melhor. (Nota: É o que chamam de anarcocapitalismo)



- A maior ameaça da cidade não são mutantes pós-apocalípticos. É o estado.



Lá perto tem um campo de testes dos militares. Os moradores de slab city gostam de assistir aos testes de tiros de mísseis, e de pegar a cápsula deles. Mas infelizmente, o maior problema deles não são explosões, ou escorpiões gigantes. O terreno da Slab City é propriedade do estado, e atualmente, está à venda. De acordo com uma fonte que atua como "tesoureiro" das comunidades de Slab City, eles poderiam ter comprado o terreno por um preço baixo, mas assim que fizeram ofertas pro estado pra adquirir o terreno, outras pessoas se interessaram, fizeram ofertas maiores, e o preço do terreno começou a valorizar exponencialmente.





É difícil dizer o que vai acontecer. Se alguém chegar e comprar o terreno, talvez o "último lugar livre" dos EUA não exista mais. Mas quando encontramos uma cidade cheia de pessoas pacíficas e cordiais, concordamos com o cara do Mad Max, que esperando encontrar uma cidade cheia de malucos e ladrões, disse "Aqui parece um bom lugar pra começar uma vida".



Bom, eles estão arrecadando dinheiro pra conseguir comprar o terreno. Se você quiser ajudar eles, clique aqui e doe 1 real que seja.



Site para conhecer mais sobre - Slab City



via - Ovelhas Voadoras

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Filipe Catto, o arauto do amor

Filipe Catto Alves é um cantor, compositor e intérprete brasileiro. Sendo influenciado desde cedo por Elis Regina e Cássia Eller, hoje aos 26 anos de idade ele é uma das referências da nova safra da MPB.

Apesar de ser natural de Lajeado, Filipe cresceu e se formou em Porto Alegre, capital gaúcha. Desde muito cedo esteve envolvido com o mundo da música. Acompanhava o pai, que é músico, cantando em bailes, festas e formaturas. Logo seu talento se pôs a prova, numa de suas primeiras apresentações Filipe encarou uma platéia com mais de 3 mil pessoas e não desapontou.
Na adolescência chegou a participar de alguns conjuntos de rock.

Em 2006, começou a semear o que hoje seria esse grande sucesso. Filipe se lançou em carreira solo, se apresentando em bares e divulgando seu trabalho pela grande aliada internet.


Em 2008, montou ao lado do diretor João Madureira o show "Ouro e Pétala", composto apenas de um violão, sua voz e palmas.

Se formou em design pela ESPM-RS. Nos estúdios da faculdade, Filipe gravou seu primeiro EP: "Saga", contendo 6 músicas. No ano de 2009, sentindo-se pronto, lançou o seu trabalho para download gratuito através da internet.

Mudou-se para a cidade de São Paulo em 2010, em busca de uma maior visibilidade artística. Logo no ano seguinte a música título de seu EP, integrou a trilha sonora da novela "Cordel Encantado". Filipe assinou com a gravadora "Universal Music" e gravou seu primeiro disco: "Fôlego". No mesmo ano estreou sua turnê em Porto Alegre, no Theatro São Pedro.



primeiro disco de Filipe
Em 2012, Filipe participou do projeto: "Elis por Eles", organizado pelo filho da artista. Esse trabalho rendeu um disco e um DVD do show. Nesse espetáculo, Filipe canta ao lado de grandes artistas nacionais, tais como: Lenine, Jorge Vercilo, Chitãozinho e Xororó, Emílio Santiago e Roupa Nova.

Em 2013 saiu seu primeiro trabalho ao vivo, o DVD e disco "Entre Cabelos, Olhos e Furacões". Nesse mesmo ano, Filipe integrou a trilha sonora de mais três novelas globais, sendo elas: "Sangue Bom", "Saramandaia" e "Jóia Rara".

No ano de 2014, Filipe realizou duas apresentações em Portugal. Shows que foram bastante elogiados pelo público e crítica portuguesa. Bem agora, no início de 2015, Filipe fará algumas apresentações na Argentina ao lado da cantora cubana Yusa. Com certeza será mais um de seus sucessos.


PARA CONHECER UM POUCO MAIS







Site Oficial - Filipe Catto
Facebook - Filipe Catto
Youtube - Filipe Catto Vevo

Saga [EP] - Download


Tabacaria




Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.




trecho do poema "Tabacaria", de Fernando Pessoa.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Ramones - Poison Heart




"...There's danger on every corner but I'm okay
Walking down the street trying to forget yesterday

Well, I just want to walk right out of this world
'cause everybody has a poison heart..."






quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Benito Muros e a Obsolescência Programada

O gênio e a lâmpada
Uma lâmpada fluorescente dura cerca de 10 mil horas. São mais de 416 dias de uso direto, pouco mais de um ano. Bastante tempo, certo? Imagine, no entanto, se existisse uma lâmpada que durasse 100 anos. Quer dizer, não imagine, não. Essa lâmpada existe. Pelo menos é o que diz Benito Muros, espanhol que diz estar sendo ameaçado de morte por causa de sua criação.

Muros é o presidente de um movimento chamando Sem Obsolescência Programada (SOP) e diz que, não só lâmpadas, mas muitos outros objetos de nosso dia a dia poderiam durar muito mais. Na verdade, existe uma teoria - a da Obsolescência Programada - de que muitos fabricantes desenvolvem produtos de curta durabilidade para obrigar os consumidores a adquirir novos produtos de forma acelerada e sem uma necessidade real. Segundo o espanhol, fazem parte dessa lista de itens como baterias de celular, computadores, geladeiras e televisões. “Não há nada para se fazer além de comprar outra”, disse ele em entrevista ao jornal espanhol El Economista.

Segundo ele, algumas peças essenciais para eletrodomésticos, por exemplo, são colocadas propositalmente próximas das partes que mais aquecem no objeto, diminuindo seu tempo de vida. Soma-se a isso, o uso de materiais de menor qualidade.

As lâmpadas e a causa de Muros e da SOP querem desenvolver um novo conceito empresarial, baseado no desenvolvimento de produtos que não caduquem. Quem não lembra daquela máquina de lavar da casa da avó que durou a vida inteira? Ou a geladeira que está na família há anos e nunca deu problema? "Deixaram de fabricar, porque duravam demais. Hoje, por exemplo, temos uma lâmpada que está acesa a 111 anos em um parque de bombeiros de Livermore [California]. Foi então que surgiu a ideia de criar, junto com outros engenheiros, uma linha de iluminação que dure toda a vida", disse ele à publicação.

Além de terem mais tempo de vida, as lâmpadas, desenvolvidas com a Oep Electrics, gasta 70% menos energia que as fluorescentes. Além disso, não queima ao ser acesa e apagada várias vezes seguidas. A OEP garante dez mil comutações diárias.

No entanto, Muros diz que a descoberta também gerou ameaças. O espanhol chegou a apresentar um recado à polícia que dizia: "senhor Muros, você não pode colocar seus sistemas de iluminação no mercado. Você e sua família serão aniquilados”, diz. Apesar disso, ele conta que não se sentiu ameaçado e que irá continuar defendendo a SOP.


Segue abaixo uma entrevista com Benito Muros, em espanhol.


site do fabricante - Oep Eletrics





fonte - Época Negócios

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Garoto, flauta e o gato





autor - Vladimir Zotov

O Monstro do Pântano













Ele era originalmente Alec Holland, um homem que foi transformado num monstro composto por matéria vegetal depois que uma explosão em seu laboratório o encharcou com produtos químicos. O Monstro do Pântano apareceu primeiramente na revista Casa dos Segredos #92 (Junho-Julho 1971), com o nome Alex Olsen.



* Origem

Casa dos Segredos #92
No começo do século XX, o cientista Alex Olsen é vítima de uma explosão em seu laboratório planejada por seu colega de trabalho, Damian Ridge, que pretendia matá-lo de modo que pudesse ganhar a mão da esposa de Olsen, Linda. Olsen é transformado pelos produtos químicos e pelas plantas dentro do pântano em um monstro disforme que volta para matar Ridge antes que este possa matar Linda. Incapaz de revelar a Linda sua verdadeira identidade, o Monstro do Pântano volta tristemente pras profundezas de sua nova morada.


* Título Próprio

Após o sucesso dessa história na Casa dos Segredos, pediram para os criadores originais que escrevessem uma série contínua, mas atualizassem o personagem para o presente e que parecesse mais heróico. O Monstro do Pântano nº1 (1ª série, Outubro-Novembro 1972, por Wein e por Wrightson) estreou, trazendo a nova origem do personagem. O cientista Alec Holland, trabalhando em uma fórmula restaurativa secreta nos pântanos da Louisiana que poderia "fazer florestas brotar dos desertos", é morto por uma bomba plantada por agentes do misterioso Senhor E, que quer a fórmula. Coberto com os produtos químicos em chamas, Holland foge do laboratório e cai nas águas do pântano. Algumas horas mais tarde, uma criatura que assemelha-se a uma planta humanóide aparece." 

Muitas de suas histórias na antiga fase da revista envolviam o Monstro do Pântano buscando uma maneira de tornar-se outra vez humano.


O Criador (Len Wein) e a Criatura
* Legado


As revistas do Monstro do Pântano são consideradas um dos maiores marcos na história dos quadrinhos americanos, especialmente durante a época em que foi escrita por Alan Moore. Houve quatro séries no total, incluindo diversos especiais. Muitos dos melhores escritores na indústria começaram trabalhando com o personagem ou em Hellblazer (que, antes de ser uma revista independente, era parte da Monstro do Pântano).



* Era Moore


Alan Moore
Na edição 20, o escritor inglês Alan Moore assumiu o lugar de Martin Pasko. Relativamente desconhecido até então, Moore só havia escrito várias histórias para a 2000 A.D. e para a Marvel UK; mas porque o Monstro do Pântano estava a beira do cancelamento, os editores estavam dispostos a correr qualquer risco que Moore pudesse representar.


- O renascimento do Monstro

O "risco" que Moore correu foi o de destruir e reconstruir todo o conceito do personagem. Na revista nº 20 o Monstro do Pântano leva um tiro na cabeça e é capturado por homens da corporação Sunderland. Na edição 21, na já lendária história Lição de Anatomia, seu corpo foi entregado ao vilão menor Jason Woodrue, que tinha sido empregado por Sunderland para executar uma autópsia.

Durante a autópsia, Woodrue descobriu que a fisiologia do Monstro do Pântano era somente superficialmente humana: seus órgãos eram pouco mais do que imitações cruas e não-funcionais de suas contrapartes humanas, e que não havia nenhuma maneira de o corpo do Monstro do Pântano ter-se originado de um corpo humano. Isso significa que o Monstro não era Alec Holland, apesar de pensar assim: Holland tinha, na vegetação do pântano, e a vegetação do pântano tinha absorvido a fórmula, sua mente, conhecimento, memórias, e habilidades. Alec Holland não se curara, porque não havia o que curar. Woodrue concluiu também que, apesar da autópsia, o Monstro do Pântano estava ainda vivo, já que "você não pode matar um vegetal disparando na sua cabeça".  
Com isso, Moore redefiniu o Monstro do Pântano como uma "planta elemental", o que deixou o personagem aberto a interpretações muito mais amplas, dando-lhe a habilidade de controlar plantas e de viajar através do "verde".

O que Moore produziu na revista Monstro do Pântano teve um efeito profundo na linha principal de quadrinhos da DC - foi a primeira HQ de "horror" da DC a reaproximar o gênero à orientação para adultos desde os anos 50; e iniciou a ascensão da linha Vertigo de quadrinhos maduros, que foram escritas com os adultos em mente. Saga do Monstro do Pântano foi a primeira série popularizada de quadrinhos a abandonar completamente a autoridade do Comics Code Authority e a escrever diretamente para adultos.




* Era Veitch

Rick Veitch (Comic-Con San Diego 1992)
Moore escreveu a série durante 45 edições e foi substituído por Rick Veitch, que continuou a história num estilo similar por mais 24 edições. Hellblazer começou a ser publicado então, e as duas séries tiveram vários crossovers. Na era Veitch, o Parlamento das Árvores, acreditando que o Monstro do Pântano havia morrido, criou um Broto (um ser capaz de se tornar um novo monstro do pântano, se encontra um corpo em condições adequadas) para substituí-lo. Quando o Parlamento descobriu que ele ainda estava vivo, deu-lhe a escolha de destruir o novo Broto ou abandonar a Terra para se juntar aos outros parlamentares, já que dois elementais não podiam coexistir sem terríveis consequências. Não disposto a sacrificar uma vida inocente, o Monstro contornou a situação tornando o Broto seu próprio filho, engravidando Abby para isso, usando o corpo de John Constantine.




- Polêmica


A Era Veitch terminou em uma disputa criativa, quando a DC recusou-se a publicar a edição 88 por causa do uso de Jesus como um personagem devido às controvérsias que se levantaram na época pelo filme de Martin Scorsese, A Última Tentação de Cristo, apesar de ter aprovado o script previamente. O desenhista Michael Zulli já tinha terminado parcialmente a arte. Essa atitude repugnou Veitch que abandonou imediatamente o roteiro, já que essa edição deveria ser sua última. Os escritores Neil Gaiman e Jamie Delano, que foram escalados originalmente para serem os escritores seguintes, declinaram educadamente o convite, em atitude de apoio a Veitch.


fonte - Wikipédia


* Hoje



Atualmente a editora Paninicomics vêm publicando desde maio de 2014, uma série que abrange todas as edições da "Era Moore". Serão ao todo seis edições, nesse mês de janeiro de 2015 sairá a terceira edição. As edições são em capa-cartonada, seguindo a publicação Norte Americana. Adquiri as duas primeiras edições, e estou esperando a terceira. O material é ótimo, têm a qualidade que um verdadeiro clássico merece e que todo fã de quadrinhos adora!

No site da editora você pode conseguir as edições anteriores, mas caso não consiga, uma boa pedida é ir ao site do Mercado Livre que certamente lá você encontrará.