terça-feira, 28 de abril de 2015

Hippie's Song


eu ando descalço
não preciso de grana
eu uso colar
minha roupa é estranha
eu não vou trabalhar
não vou trabalhar
eu sou hippie e não vou trabalhar

sábado, 25 de abril de 2015

Deixei Minha Identidade por Ela




Não sei o porque deu estar analisando a história dessa música. Falta do que fazer? Provavelmente... Bem, sempre a escutei pelo lado do cowboy, achando que o que aconteceu com ele foi uma tremenda covardia da vida, mas, um tempo atrás escutei de novo a canção e pela primeira vez não ouvi as lamúrias do cowboy, tentei compreender toda a situação, e acho que consegui uma interpretação bem legal! 

Vou deixar agora com você a minha análise:

"(...) Eu sempre fui um bom cowboy

Até que encontrei alguém
Com ela fui feliz, eu sei
Não sei se foi real, porém (...)"

Aqui, o Cowboy diz que sempre foi muito bom no que fazia, ser um cowboy. Até que um dia, imagino que num rodeio, encontrou uma moça, que imagino deveria gostar de peões, e os dois se apaixonaram e começaram um relacionamento.
Ao dizer que não sabe se foi real o que eles tinham, o Cowboy põe em dúvida o amor de ambos.

"(...) Deixei de ser cowboy, por ela

Parei de viajar, por ela
Larguei minha paixão, por ela
Deixei de ser feliz, por ela
Assim eu me enganei, por ela (...)"

Agora vemos as razões do término. Ele deixou de ser cowboy, deixou de viajar e de se apresentar, segundo ele, por ela, para estar mais presente. Mas, eu imagino, que ela não pediu isso. Se ela quisesse um homem mais presente, não teria se relacionado com um cowboy, certo? Ela gostava dele ser cowboy, era uma coisa romântica, até aventureira!

O Cowboy largou a paixão e a felicidade dele para estar presente. Ou seja, a mulher tornou-se um empecilho entre ele e o que ele amava. Imagino que estando mais presente, e consequentemente longe do seus rodeios, ele começou a ficar amargo,cada vez mais irritadiço, chato e triste.

Dessa maneira, o aventureiro e heróico cowboy, que conquistara a moça, foi se tornando um sapo! Deixou de encantá-la e virou um rascunho do que era. Ao levantar esses argumentos ao Cowboy, ele provavelmente dizia que isso era culpa dela, que ele tinha desistido de tudo por ela, e ela, dizendo que nunca pediu por isso.

"(...) São segredos da paixão
Por eu não ser mais peão
Ela resolve me abandonar (...)"

Como uma corda tencionada além de sua elasticidade arrebenta, o relacionamento deles acabou, ela desistiu e foi embora. Não por ele não ser mais cowboy, mas porque ele virou um inimigo de si mesmo, e dela.

"(...) Assim eu me enganei, por ela

Por isso resolvi voltar (...)"

Justamente. O Cowboy viu que deixar de ser o que é, era apenas auto-engano. Voltou a ser cowboy, voltou a ser feliz, voltou a ser herói. Gosto de acreditar que, assim como ele se reencontrou, amadureceu e viu que se anular em função do outro não faz bem, ele e a moça voltaram a ficar juntos! Ele, o eterno cowboy dela.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Mortos Vivos: O Verdadeiro Apocalipse Zumbi


O artista brasileiro Daniel Lefevre, de 36 anos, viveu maior parte da sua vida na Europa e se assustou ao voltar para o país depois de tanto tempo fora. Ele se chocou com algo que deveria chocar a todos nós: a maneira desumana com a qual a sociedade brasileira trata pessoas em situação de rua.

"A gente não enxerga, passa por cima, não pergunta se eles precisam de ajuda, sequer sabemos se eles estão vivos", diz Lefevre. Daí surgiu a inspiração para o ensaio "Mortos Vivos", que retrata a falta de humanidade dessa condição.

"Fui estudar isso a fundo e vi que eles são privados justamente das coisas que nos definem como humanos, como o pensamento complexo, a cultura, a identidade e o direito à privacidade. Ao tirar essas qualidades dos moradores de rua, não nos sensibilizamos com a dor deles.

O trabalho inspirou um projeto artístico que foi desenvolvido em um mestrado em Barcelona, no qual Daniel busca reumanizar pessoas em situação de rua por meio da arte. "Eles podem escolher músicas, poesias, filmes, o que quiserem. Usamos isso como ponto de partida para tentar devolver, ainda que por um período curto de tempo, a condição humana dessas pessoas", explica. O resultado são os vídeos "Lendas Urbanas".

"Enquanto a série Mortos Vivos retrata a desumanização, esse último projeto busca justamente resgatar a condição humana dos moradores de rua. A ideia é criar um site para reunir o material que já foi produzido em Barcelona e desenvolver novos vídeos com brasileiros, que serão financiados por crowdfunding.

O site irá disponibilizar ainda a entrevista e o making off do processo de criação artística. A plataforma irá trazer também um questionário para que o leitor identifique as emoções geradas a partir do contato com essa população e as características humanas identificadas pelo projeto Lendas Urbanas.




Via - Catraca Livre

quarta-feira, 22 de abril de 2015

As Coisas Não Andam Fáceis...



samba lelê tá doente 
o cravo brigou com a rosa 
terezinha de jesus levou uma queda 
o quartel pegou fogo 
e a canoa virou. 

mas o pior, pior de tudo, 
é saber que 
o amor que tu me tinhas 
era pouco 
e se acabou.




Marcos Caiado

segunda-feira, 20 de abril de 2015

O Conto dos Três Irmãos


Era uma vez três irmãos que caminhavam por uma estrada solitária e sinuosa ao crepúsculo, a certa altura, os irmãos chegaram a um rio demasiado fundo para passar a pé e demasiado perigoso para atravessar a nado. Contudo, esses irmãos eram exímios em artes magicas, por isso limitaram-se a agitar as varinhas e fizeram aparecer uma ponte sobre as aguas traiçoeiras. Iam a meio desta quando encontraram o caminho bloqueado por uma figura encapuzada. E a Morte falou-lhes. Estava zangada por ter sido defraudada em três novas vítimas, pois normalmente os viajantes afogavam-se no rio. Mas a Morte era astuta.

 Fingiu felicitar os três irmãos pela sua magia e disse que cada um deles havia ganho um prémio por ter sido suficientemente esperto para a evitar. E assim, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu uma varinha mais poderosa que todas as que existissem: uma varinha que vencera a Morte! Portanto a Morte foi até um velho sabugueiro na margem do rio, moldou uma varinha de um ramo tombado e deu-a ao irmão mais velho. Depois, o segundo irmão, que era um homem arrogante, decidiu que queria humilhar ainda mais a Morte e pediu o poder de trazer outros de volta da Morte. Então a Morte pegou numa pedra da margem do rio e deu-a ao segundo irmão, dizendo-lhe que a pedra teria o poder de fazer regressar os mortos. E depois a Morte perguntou ao terceiro irmão, o mais jovem, do que gostaria ele. O irmão mais novo era o mais humilde e também o mais sensato dos irmãos, e não confiava na Morte. Por isso, pediu qualquer coisa que lhe permitisse sair daquele local sem ser seguido pela Morte. E esta, muito contrariada, entregou-lhe o seu próprio Manto de Invisibilidade. Depois a Morte afastou-se e permitiu que os três irmãos prosseguissem o seu caminho, e eles assim fizeram, falando com espanto a aventura que tinham vivido, e admirando os presentes da Morte.

 A seu tempo, os irmãos separaram-se, seguindo cada um o seu destino. O primeiro irmão continuou a viajar durante uma semana ou mais e, ao chegar a uma vila distante, foi procurar um outro feiticeiro com quem tinha desavenças. Naturalmente, com a Varinha do Sabugueiro como arma, não podia deixar de vencer o duelo que se seguiu. Abandonando o inimigo morto estendido no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem onde se gabou, alto e bom som, da poderosa varinha que arrancara à própria Morte, e que o tornava invencível.Nessa mesma noite, outro feiticeiro aproximou-se silenciosamente do irmão mais velho, que se achava estendido na sua cama, encharcando em vinho. O ladrão roubou a varinha e, à cautela, cortou o pescoço ao irmão mais velho. Assim a Morte levou consigo o irmão mais velho. Entretanto, o segundo irmão viajara para sua casa, onde vivia sozinho. Aí, pegou na pedra que tinha o poder de fazer regressar os mortos, e fê-la girar três vezes na mão. Para seu espanto e satisfação, a figura da rapariga que em tempos esperava desposar, antes da sua morte prematura, apareceu imediatamente diante dele.No entanto, ela estava triste e fria, separada dele como que por um véu. Embora tivesse voltado ao mundo mortal, não pertencia verdadeiramente ali, e sofria. Por fim o segundo irmão louco de saudades não mitigadas, suicidou-se para se juntar verdadeiramente com ela. E assim a Morte levou consigo o segundo irmão. Mas embora procurasse durante muitos anos o terceiro irmão, a Morte nunca conseguiu encontra-lo. Só ao atingir uma idade provecta é que o irmão mais novo tirou finalmente o manto de invisibilidade e deu ao seu filho. E então acolheu a Morte como uma velha amiga, e foi com ela satisfeito e, como iguais, abandonaram esta vida.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Metade



Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
A outra metade é silêncio

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Pois metade de mim é partida
A outra metade é saudade

Que as palavras que falo
Não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas como a única coisa
Que resta a um homem inundado de sentimentos
Pois metade de mim é o que ouço
A outra metade é o que calo

Que a minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que mereço
Que a tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso
A outra metade um vulcão

Que o medo da solidão se afaste
E o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso
Que me lembro ter dado na infância
Pois metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade não sei

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o seu silêncio me fale cada vez mais
Pois metade de mim é abrigo
A outra metade é cansaço

Que a arte me aponte uma resposta
Mesmo que ela mesma não saiba
E que ninguém a tente complicar
Pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Pois metade de mim é plateia
A outra metade é canção

Que a minha loucura seja perdoada
Pois metade de mim é amor
E a outra metade também

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Andrea Doria



Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos tão certo
Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro

Mas percebo agora que o teu sorriso
Vem diferente quase parecendo te ferir

Não queria te ver assim
Quero a tua força como era antes
O que tens é só teu, e de nada vale fugir
E não sentir mais nada

Às vezes parecia que era só improvisar
E o mundo então seria um livro aberto
Até chegar o dia em que tentamos ter demais
Vendendo fácil o que não tinha preço

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém com quem conversar
Alguém que depois não use o que eu disse
Contra mim

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui e com a minha própria lei

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também

terça-feira, 7 de abril de 2015

Mateus 25



Jesus nasceu numa quebrada. Periferia da periferia mesmo. Passou a vida arrumando treta por questões sociais. Defendeu assassino, ladrão, puta, pobre e leproso.
Juntou uma galera pra defender a causa. Começou a fazer barulho. Conquistou o desafeto da classe média e da elite (ponto pro cara). Considerado subversivo, foi preso pelo Império. A classe média pedia pena de morte, mas o crime não a justificava. Pôncio Pilatos jogou o B.O. pra Herodes. Herodes se ligou na mesma coisa e devolveu o B.O..
Pilatos deixou pra galera decidir. Bem pensado, porque desde aquele tempo, o povo já tava cheio de dateninha linchador.
O cara foi executado ouvindo piadinha de justiceiro. E não foi morto "entre" bandidos. Foi executado pelo Estado COMO bandido-subversivo, que de fato era.
Enfim, o messias cristão foi um sujeito pobre, nascido na perifa, engajado em questões sociais, executado como bandido pelo Estado sob os aplausos dos justiceiros.

Então, Jesus, se você estiver lendo isso e pensando em voltar, fica esperto.
Essa "gente de bem" de hoje em dia vai te matar de novo enquanto come bacalhau e ovo de Páscoa.



Texto de Rauni Fontana
Foto de David Chapelle

Distorção


Quem é Você?



Quem será que me chega
Na toca da noite
Vem nos braços de um sonho
Que eu não desvendei

Eu conheço o teu beijo
Mas não vejo o teu rosto
Quem será que eu amo
E ainda não encontrei

Que sorriso aberto
Ou olhar tão profundo
Que disfarce será, que usa
Pro resto do mundo

Onde será que você mora
Em que língua me chama
Em que cena da vida
Haverá de comigo cruzar

Que saudade é essa
Do amor que eu não tive
Por que é que te sinto se nunca te vi
Será que são lembranças
De um tempo esquecido
Ou serão previsões
De te ver por aqui...

Então vem!
Me desvenda esse amor
Que me faz renascer
Faz do sonho algo lindo
Que me faça viver

Diz se fiz com os céus algum trato
Esclarece esse fato
E me faz compreender
Esse beijo, esse abraço na imaginação
E descobre o que guardo pra ti
No meu coração

Mas deixa eu sonhar, deixa eu te ver
Vem e me diz: Quem é você?

sábado, 4 de abril de 2015

Raio Privatizador




Homem acorda num hospital. Ao seu lado está um enfermeiro.

- Bom dia, senhor.

- Onde é que eu tô?

- O senhor acabou de acordar de um coma de 50 anos.

- Isso é um hospital?

- Seja bem-vindo ao Miguel D'Or.

- O Miguel Couto mudou de nome?

- Sim, desde que foi comprado pela rede d'Or.

- Ainda é na Lagoa Rodrigo de Freitas?

- Sim, mas agora se chama Lagoa Skol.

- A Skol comprou a lagoa?

- E encheu com cerveja. Ficou lindo o amarelo combinando com o verde do Cristo Jequiti.

- A Jequiti comprou o Corcovado?

- Não, só a estátua. O morro foi comprado pela telefonia. É o CorcoVivo, todo roxo.

- Cacete. Mudou tudo.

- Nada! Tá tudo igual. Toda semana tem jogo no OiMaracanã. Esse TimDomingo tem ClaroFla e FluFiat.

- Não sobrou nada com o mesmo nome?

- Sobrou o pão de açúcar.

- Ufa. Não foi comprado?

- Foi comprado pelo Pão de Açúcar, então manteve o nome.

- Não acredito que venderam o Rio inteiro.

- Itaú.

- Oi?

- Agora chama Itaú.

- Maldito Eduardo Paes.

- Eduardo Odebrecht.

- A empreiteira comprou o prefeito?

- O senhor tá em coma há 50 anos ou há 100?



via - Gregório Duvivier/Folha

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Quase Sem Querer



Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente
Estou tão tranquilo
E tão contente

Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Christopher Lee, a Lenda

Sir. Christopher Lee

Mais conhecido como o terrível Drácula, ou o vendido Saruman ou o maléfico Conde Dooku, Sir. Christopher Lee tem uma carreira invejável. Aos 92 anos de idade ele ainda atua no cinema, no teatro e ainda compõe e grava suas canções de Heavy Metal! O cara é um MITO!

Nascido em 1922 na Inglaterra, filho de Geoffrey Trollope Lee um Coronel Lituano que lutou na Primeira Guerra Mundial e de Condessa Estelle Marie uma famosa modelo Eduardiana, bisneto de um refugiado político e de uma famosa cantora de ópera, Lee cresceu numa família bem agitada.

Quando tinha seis anos seus pais se divorciaram. Sua mãe se mudou com ele e sua irmã para a Suíça, lá ele foi matriculado na Miss Fisher's Academy onde atuou no seu primeiro papel como o Rumpelstiltskin.
Mais tarde a família retornou para Londres, onde sua mãe casou-se com Harcourt George St-Croix Rose, um banqueiro e também tio de Ian Fleming, autor da série James Bond. Depois de alguns anos se divorciou dele também.


Christopher Lee e Birgit Kroencke
estão casados desde 1961
Lutou ao lado do exército Finlandês na Guerra de Inverno, lutou na Segunda Guerra Mundial e também foi da Guarda Real Britânica e da Força Aérea Real.


Drácula
Começou sua carreira cinematográfica atuando no filme Corridor of Mirrors, de 1948. Mas ficou mundialmente famoso ao atuar nos filmes de horror da produtora Hammer, mais precisamente o clássico Dracula, de 1958.

Lee parece ter herdado de sua bisavó o dom vocal. Em 2010, aos 88 anos de idade, lançou seu primeiro disco de Heavy Metal intitulado: Charlemagne: By the Sword and the Cross. Em 2013, aos NOVENTA E UM ANOS DE IDADE, lançou seu segundo disco intitulado: Charlemagne: The Omens of Death.


Saruman
Atuou na série O Senhor dos Anéis, Star Wars, Dracula, A Fantástica Fábrica de Chocolates, Alice no País das Maravilhas, Os Três Mosqueteiros, Sherlock Holmes, James Bond, O Cavaleiro Sem Cabeça...


Christopher Lee já deixou há muito tempo o patamar dos reles mortais para se tornar uma lenda.